Por Bianca Velloso
Não, não é fácil abrir espaço para a poesia. O mundo te cobra força e a poesia te desarma. O sistema te exige indiferença e a poesia te conecta com as dores e as alegrias do outro. O mundo determina que sejas constante e a poesia te oferece inúmeras possibilidades de ser inconstante. O sistema te ensina a ignorar e a poesia te ensina a perceber. O dia a dia te consome e estrangula a possibilidade da existência da poesia. Mas a poesia resiste, ela não é regida pelas leis do mundo. Nem do sistema.
Nos cantos mais improváveis a
gente descobre que ainda há espaço para a poesia.
Assim também aqui no Campeche. Estamos
completando um ano de Quinta Poética. Mensalmente, agora em toda segunda-quinta
feira do mês, nos encontramos para dizer poesia. E neste cantinho, no sul da
Ilha de Santa Catarina, a poesia renitente sai dos livros e brinca na voz e no
olhar das pessoas. No início éramos poucos, e todos moradores do bairro. Agora
vem gente de toda grande Florianópolis.
Aí estão as fotos da XII Quinta
Poética, que aconteceu na quinta-feira, 10 de julho de 2014, numa noite fria de
inverno, mas com muito calor humano. E desde já estão todos convidados para a
XIII Quinta Poética, no dia 14 de agosto. Não precisa saber escrever versos, é
só gostar de poesia.
Horário?
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