O grupo da Quinta Poética, ação cultural que visa disseminar
a poesia pela cidade, cresce a cada edição. A proposta começou bem tímida, com
poucos participantes, mas, aos poucos, os poetas vão descobrindo que existe um
lugar onde a poesia pode se expressar livremente. E, assim, vão chegando. Pela
noite do Campeche, ecoa então a palavra, essa palavra criadora, que diz da
vida, do amor, do sonho, da ternura e da dor.
Falam os poetas consagrados, falam os desconhecidos, os amigos,
falam as gentes que não tem onde se dizer. E a poesia vai fazendo morada no
coração de todos.
Na quinta edição, novos companheiros vieram e a força da
poesia foi tão forte que as pessoas que haviam chegado no bar para um vinho se
encantaram. E das mesas começaram a se levantar aqueles que sentiram
necessidade de também libertar a palavra presa na garganta. "Fiquei
encantada com esse momento. Foi uma surpresa", repetia a mulher que, animada,
também leu alguns poemas. "É sensacional", repetia o homem que saiu
do seu canto e foi dizer uma letra de música.
Até mesmo o Biga, que é o dono do bar Pratos e Papos, onde
acontece a Quinta Poética se emocionou com a palavra e decidiu escrever poemas
na parede da casa. Inauguramos assim, o branco das paredes, que agora fala de
amor.
A Quinta Poética acontece toda a primeira quinta-feira do
mês, no Pratos e Papos, do Campeche. Poetas, correi! É chegada a hora da
libertação da palavra.